domingo, 30 de setembro de 2012

Dia 7 - No pasa nada

No pasa nada, porque aqui fuma-se tudo.
Acordei já eram quase 14h. Estava sem paciência nenhuma para fazer almoço. Afinal era Sábado,  não era por isso que ia ser um dia diferente dos outros e de repente me ia dar vontade de cozinhar. Como já é habitual, o menu foi batatas fritas, salsichas e arroz, que à falta de melhor, sabem sempre a Caviar. Enquanto almoçava, descobri finalmente que o meu portátil tinha webcam. Não sou mesmo um ser dado à inteligência, já consegui perceber. No meu cérebro, definitivamente, no pasa nada.
Às 16h tínhamos combinado encontrar-nos com a Madalena. Como bons portugueses que somos, a essa hora a Inês ainda estava a dormir e eu ainda não tinha tomado banho. Ficou então reagendado o encontro lusitano para as 17h à porta do Colégio dos Maristas.
Com uma pontualidade impressionante, às 17h lá estávamos nós. Fomos passear pela cidade e buscar as chaves à casa nova dela, que era impressionante, tendo em conta o preço reduzido que estava a pagar. Conhecemos a senhoria dela, uma rapariga de pouco mais de 24 anos, a terminar o curso de Direito e com uma filosofia de vida fantástica.
Viemos mostrar a Calle Navasfrias à Madalena, que provou a falta de jeito para a hospitalidade que eu tenho. A única coisa que tinha para lhe oferecer era bolachas de chocolate, mas ela também não era esquisita portanto, no pasa nada. Como era a minha vez de fazer o jantar e tinha visto uma promoção fantástica na Telepizza, resolvemos aproveitar e fomos os três jantar fora. Comemos que nem alarves por apenas 5 euros, mas merecíamos, com a quantidade de quilómetros que fizemos a pé.
Como ainda era cedo, achámos por bem ir ao Erasmus Café, porque para além de ter um ambiente excelente, era um bom bar para lhe dar a conhecer. Chegados ao destino, a Paloma informou-nos que a partir das 23h30 já não se serviam cafés, a menos que lá tivéssemos jantado, e já eram 23h40, por isso era completamente impossível tirar a porcaria de três cafés. Tenho cá para mim, que aquilo era só a Paloma a ser uma cabra de primeira. Enfim, no pasa nada, bebemos sangria que também não é pior, mas tivemos que ser nós a ir buscá-la, porque o serviço de mesa, curiosamente, também tinha acabado de encerrar. É uma pena não poder utilizar o horário de funcionamento da minha carteira, como uma desculpa para não pagar.
Na mesa onde estávamos sentados, encontrá-mos a prova de que outros Alfacinhas povoam Salamanca:


Como onde mija um português, mijam logo dois ou três, achámos que tínhamos que deixar uma marca nossa também naquela mesa. Resolvemos pegar num papel e copiar a ideia:




Mas para mim, aquele que estava mesmooooooooo giro e que valia a pena fotografar era este:



Depois das lamechices, fomos para o "Bairro Alto" de Salamanca. Entrámos numa Chupeteria que era mais uma concentração de música bimba espanhola (mas isso é o habitual em todos os bares desta zona), mas valeu a pena, já que mais não seja pelo balde de sangria a 3 euros, que nestes bares foi um achado. Bom, bom, foi quando entrou um grupo de para aí quinze chineses, totalmente malucos com a música espanhola, a dançar que nem loucos e a gritar mais alto que todas as outras duzentas mil pessoas que ali estavam. Lindo, lindo, lindo. Pareciam gafanhotos amestrados a pular em conjunto ao ritmo da bimbalhice. Adorava vê-los a dançar Gangnam Style e Vida Loka!
Viemos para casa eram umas 3h e tal. Quando cheguei ainda me vim encher de chocolates, porque achei que estava mesmo a precisar.
Depois de um dia de trabalho intensivo como este, fomos para a cama descansar a pouca beleza que temos.



P.S - A minha net já está rápida, saquei o Sims 3 e as expansões todas em menos de 4 horas!

P.S 2 - Agora é que vai ser estudar.

P.S 3 - AHAHAHAHAHA.

P.S 4 - No pasa nada é a minha frase favorita de sempre.

P.S 5 - Depois de uma semana em Salamanca ainda não sei dizer mais do que cinco frases em espanhol.

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